Por Renato Cardoso
A “cadeia de união” é uma tradição que se encontra ao mesmo tempo no meio
místico e maçônico. Ela consiste em formar uma cadeia, dando-se mutuamente as
mãos. Ela também aproxima afetivamente todos os corações,
ao mesmo tempo em que reanima nas consciências o sentimento de solidariedade
que nos une e a interdependência que nos liga.
Nos
nossos trabalho de cura, não há dúvida de que quem participa conscientemente, da
cadeia ritual, sente seus efeitos reconfortantes.
Ela
parece preparar de modo eficaz um ambiente propício para fazer do encerramento
dos trabalhos algo mais do que uma simples formalidade.
Marius
Lepage uma maçom que viveu na França no inicio do século passado, expôs de
forma impecável os princípios essências que fazem da cadeia de união algo mais
do que um simples gesto sem importância. Diz ele:
“Os ritos entre outras funções essenciais, unem o visível ao invisível. Eles constituem um elo fluídico que une o corpo maçônico, constituído pelo espírito maçônico ou místico que se desprende dos Templos materiais.
“Os ritos entre outras funções essenciais, unem o visível ao invisível. Eles constituem um elo fluídico que une o corpo maçônico, constituído pelo espírito maçônico ou místico que se desprende dos Templos materiais.
“O
princípio da cadeia de união deve ser provavelmente procurado na teoria do
ponto ou sinal de apoio”. Toda vontade que quer se manifestar, tem necessidade
de um intermediário, que seja, ao mesmo tempo, uma sólida base de partida.”
O
segredo da Cadeia Mágica de União, escreve Stanislas de Guaita, resume-se num
aforismo cujos termos são os seguintes: Criar um ponto fixo onde se possa tomar
apoio; estabelecer aí um cadeia psicodinâmica; e, desse ponto, escolhido como
centro, fazer brilhar através do mundo a luz astral, fortalecida por uma
vontade nitidamente definida e formulada.
Ao mesmo tempo criadora e receptiva, a cadeia de união representa junto ao estudante martinista o duplo papel de escudo protetor e de aparelho receptor de influências benéficas.
Ao mesmo tempo criadora e receptiva, a cadeia de união representa junto ao estudante martinista o duplo papel de escudo protetor e de aparelho receptor de influências benéficas.
Toda
coletividade, toda associação tem o seu correspondente nos mundos invisíveis. O
espírito de um grupo como o nosso é um ser vivo muito poderoso.
A cadeia
de união é um símbolo formado por múltiplos anéis interligados
entre si, sem princípio nem fim, que evidencia a união perfeita daqueles que
aceitam unir-se por laços fraternos. Assim é uma cadeia de união, uma
interligação entre pessoas que formam um corrente dentro do Templo,
entrelaçando-se braços, unindo-se corpos e mentes numa demonstração e
confirmação de bons propósitos teóricos e práticos.
A Cadeia de união que
formamos dentro de um Templo simboliza a união fraterna em prol de um bem maior
que é o reestabelecimento da saúde dos
peticionários.
Nos reportando ao
passado, concluiremos que no princípio, na origem da Cadeia de União, ela
estava presente na vida do homem primitivo, que sentado em forma de círculo
aproveitava o calor da fogueira, organizava sua vida social próximo a outros
especialmente a noite, obtendo dos mais velhos, o conselho certo e a troca de
experiências de vida daqueles que detinham autoridade.
Em relação aos Astros,
podemos verificar que eles se movimentam em círculos e em cadeias. O Sistema
Solar, a rotação dos planetas, e a própria Terra, obedecem Leis Simples e claras movimentando-se em
círculos movimentando energias e harmonizando tudo em torno no interior de si.
Para Eliphas Levi, a
Cadeia de União é o grande agente magnético que denominamos Luz Astral e que
outros chamam de Alma da Terra, ele, o agente é a chave de todos os mistérios,
os segredos de todos os poderes. E quem souber se apoderar desse agente, será
depositário do próprio poder de Deus porque todo o poder oculto está aí.
O domínio desse agente
se da por duas formas sequenciadas, concentração e projeção. Isso me faz
lembrar mais uma vez dos nossos rituais de cura, onde sentados em círculo ou em
pé com as mãos entrelaçadas concentramos nossas energias para em seguida emana-la
aos peticionários.
Fazer uma cadeia de
união mágica é estabelecer uma cadeia magnética que se torna mais forte
dependendo das nossas intenções. Por isso devemos realizar os nossos rituais de
cura com o máximo de concentração nos nossos objetivos, que no caso são os
nomes da lista mensal. É sabido que práticas firmes produzem uma corrente
magnética poderosa. Uma cadeia bem formada é como um turbilhão que arrasta e
absorve tudo.
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